Para introduzir nosso debate
de hoje, começo este texto com um pensamento: quanto
mais modismos você segue, menos inteligente você fica! Discordo. Não só porque
gosto de contrariar algumas teorias, mas simplesmente não dá pra engolir tudo.
Digo isso porque certa vez ouvi de um professor durante a graduação que
bandagens eram puro modismo. Ouvi e disse baixinho, “vou provar a mim que isso
não é modismo”. Depois disso fiquei viciado nelas. Li, aprendi, testei e
aprimorei a técnica em mim. Deu certo. E não me considero burro por ter seguido
um “modismo”, isso é sempre válido quando buscamos entender o que há por trás.
Afinal, toda moda tem um conceito, e é disso que vamos falar.
Essa técnica é considerada
milenar porque desde a Grécia antiga os arqueiros usavam fitas para estabilizar
o punho durante a tarefa de lançar as flechas, e depois disso, os espartanos fizeram
uso no tornozelo. Mas só não vale chamar a mumificação de bandagem, ok? Isso
porque o principal objetivo da técnica é promover a função do segmento sem
limitações, sobrecargas ou instabilidades. Atualmente existem 3 tipos de técnicas: as que possuem efeitos sobre a dor, as
de efeitos sobre a estrutura e as que possuem efeito de auxiliar a
microcirculação.
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Fig. 2 Bandagem Funcional nos Saltos Ornamentais |
As bandagens
aplicadas com objetivo de diminuir a dor na função seguem a teoria de
concorrência de estímulos neurosensitivos (Teoria da Comporta da Dor), que é
justificada pela excitação excessiva
da via da dor induzindo um aumento dos sinais analgésicos a nível talâmico,
reduzindo assim a intensidade percebida da dor. As estruturais são
aplicadas de tal modo que podem contribuir na melhora postural a partir da
tensão que a banda aplica sobre a estrutura desejada. Já as microcirculatórias
quando tensionadas e aplicadas no sentindo do caminho linfático, provocam uma
diferença de pressão e tensão na rede