Há um bom tempo, foi
veiculado na televisão brasileira um comercial que me chamou a atenção. Não sei
se foi a idéia que estava sendo abordada, mas a animação bem feita ou as vozes
lindas de inúmeras crianças nos convidando a fazer xixi no banho que me fizeram
ficar completamente encantada com tal comercial. Pensando
no futuro do planeta, no que queria deixar para meus filhos e netos e no bem
que me faria ajudar a todos, visto que é uma ideia bastante sustentável,
comecei a gostar da proposta. Por que não? Por que não fazer xixi no banho?
Tentei aderir ao que foi sugerido na propaganda, mas não tive sucesso. Embora
quisesse muito, comigo não funcionou! Quem me conhece sabe das “nóias” que
tenho com banheiros e a sugestão do comercial não foi nem iniciada. Para minha
sorte!
Durante a graduação,
assistindo a uma aula (inspiração para esse texto) de Fisiopatologia Clínica em
Ginecologia, Obstetrícia e Urologia descubro que mulheres
não devem fazer xixi em pé ou em qualquer outra posição que não deixe a musculatura do períneo relaxada. Quando nós, mulheres, encontramo-nos em pé a musculatura do períneo permanece em contração. E isso atrapalha (e muito!) o processo normal da micção onde sentada no vaso, toda a musculatura está relaxada, sem contração e torna-se tudo um processo passivo. É como usar uma cinta no abdômen, por exemplo. Enquanto ela está fechada as gordurinhas estão presas, no momento em que você a desabotoa as gordurinhas saem sem que você se esforce para que isso ocorra. No entanto, se você faz xixi em pé é como se você quisesse colocar as gordurinhas pra fora sem desabotoar a cinta e isso seria impossível, mas imaginem só o esforço que seria feito nessa tentativa. Não fomos biológica e mecanicamente preparadas para tal ato diferentemente do homem que é adaptado para relaxar os músculos do períneo em pé. E isso pode causar, muitas vezes, as famosas infecções urinárias.
não devem fazer xixi em pé ou em qualquer outra posição que não deixe a musculatura do períneo relaxada. Quando nós, mulheres, encontramo-nos em pé a musculatura do períneo permanece em contração. E isso atrapalha (e muito!) o processo normal da micção onde sentada no vaso, toda a musculatura está relaxada, sem contração e torna-se tudo um processo passivo. É como usar uma cinta no abdômen, por exemplo. Enquanto ela está fechada as gordurinhas estão presas, no momento em que você a desabotoa as gordurinhas saem sem que você se esforce para que isso ocorra. No entanto, se você faz xixi em pé é como se você quisesse colocar as gordurinhas pra fora sem desabotoar a cinta e isso seria impossível, mas imaginem só o esforço que seria feito nessa tentativa. Não fomos biológica e mecanicamente preparadas para tal ato diferentemente do homem que é adaptado para relaxar os músculos do períneo em pé. E isso pode causar, muitas vezes, as famosas infecções urinárias.
Após uma micção inicia-se, na bexiga, a fase de
armazenamento de urina. Nesta fase, a bexiga agrupa gradualmente a urina
produzida, mantendo baixas pressões. Graças à atividade simpática, durante este
processo, há uma inibição da contração vesical (visto que a bexiga é um órgão
muscular) e da musculatura lisa da uretra, bem como há uma contração da
musculatura estriada do assoalho pélvico graças à atuação dos nervos pudendos.
Dessa forma, a pressão vesical é menor que a uretral não havendo, neste caso,
fluxo urinário.
A fase de esvaziamento envolve trabalho conjunto de
vias supra-espinais e o controle voluntário do indivíduo; a atividade simpática
é cessada, há uma ação parassimpática que estimula a contração detrusora onde,
simultaneamente a isso, há o relaxamento perineal esfincteriano, devido ao fim
da estimulação nervosa pelos nervos pudendo. Isso fará com que a urina
produzida e armazenada seja eliminada, com a mínima resistência possível. O que
não ocorre com as mulheres que urinam em posição ortostática, pois não há o
relaxamento devido da musculatura e dependendo da posição adotada pode reter
mais ou menos urina, além do fisiológico, após o ato. E isso é um dos pontos
principais para a ocorrência de infecções urinárias em mulheres.
Então vocês homens que querem aderir à
campanha (que hoje em dia já nem passa mais na TV) recebam meus aplausos.
Primeiro por ser uma idéia realmente interessante para o não desperdício de
água (imaginem quantos litros de água doce por mês ou até mesmo por anos não
seriam economizados) e segundo, por enfrentarem suas mulheres cujo argumento
para brigas se tornará o mau cheiro que fica no banheiro na hora em que outra
pessoa vai tomar banho. Mas não se pode ter tudo! É o preço pago por querer
salvar o mundo em que vivemos! E vocês mulheres arrumem outra forma de
preservar o nosso meio: seja desligando a pia na hora em que escovam os dentes,
seja diminuindo o tempo no secador e aderindo as chapinhas (que consomem bem
menos energia)... Isso pouco importa! O que importa de verdade é ficar livre
das infecções urinárias e ajudar o planeta como pode, sem colocar sua saúde em
risco.
Autora: Maryelly Freire
Muito esclarecedor!
ResponderExcluirAdorei!
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